sou um livro.
gosto de páginas esbeltas,
palavras bem escritas,
parágrafos bem costurados,
linhas em branco pra preencher.
na edição de luxo tenho sobrecapa,
pantone especial,
costura colorida.
na edição comercial,
meu papel pólen é 75g/m3,
só uma cor,
nada de sobrecapa.
tudo o que gosto está em um livro bom:
página, palavra e espaço.
página pra ver e tocar, palavra pra ler e imaginar, espaço pra deixar preencher.
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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
um livro e uma música
eu gosto muito de ler. talvez seja uma das coisas que eu mais goste de fazer. eu gosto dessa puxada que o livro nos dá prum espaço-tempo que não faz sentido algum com o que a gente realmente está. desse mergulho que a gente esquece até que tem que descer no próximo ponto e levanta atrapalhada, derrubando a sacola e pedindo licença no último minuto. e eu ainda tenho uma mania desgraçada que é de juntar o livro quase sempre com uma música ou álbum. depois de acabar o livro, quando tento ouvir a música só pela música não consigo, ficam os personagens dançando ali na frente, bagunçando todo o sentido original da música.
domingo, 23 de setembro de 2012
sobre escolhas e renúncias
"A vida é feita de escolhas" diz o clichê. E é mesmo, de escolhas e renúncias. Eu gosto muito do filme Diabo Veste Prada por vários motivos e um deles é como a personagem Andy, da Anne Hathaway, passa o filme inteiro repetindo "I didn't have a choice!" Ela usa essa frase como justificativa pelo atraso, falta ou ausência nas vidas de seus amigos e seu namorado desde que começou seu novo trabalho. Em um ponto do filme, seu namorado diz que sim, ela tinha escolha. Ela poderia simplesmente ter dito não à chefe, ter largado o emprego. Mas ela escolheu continuar. Ela escolheu o trabalho e isso significou renunciar alguns relacionamentos pessoais. Normal, digamos. Mas chega em um ponto que ela percebe que prefere seu namorado e seus amigos ao trabalho. E então ela escolhe eles e sai do trabalho. Simples, pero no es fácil.
É óbvio que a vida é feita de escolhas. Você escolhe o xampu que vai usar, o que vai comer no almoço, o curso que vai fazer na faculdade, se vai ou não fazer faculdade, se quer namorar ou não, se vai fumar naquela festa, se é mais importante pra ti ser a menina mais linda da cidade ou se vale a pena dormir 8h por dia. Muita coisa, a gente nem percebe que ou porque escolheu; muita coisa é consciente, muitas outras, inconscientes. E tudo tem consequência nessa vida. Mas veja bem: consequência não é castigo, é resultado. Eu escolhi fazer duas graduações, ter três frilas fixos, morar sozinha e estagiar. Resultado? Tô cansada e tenho tendinite. Renúncias? Ter tempo livre, poder sair sempre, ficar o final de semana inteiro olhando pro teto.
O que me importa é avaliar os resultados das minhas escolhas e pensar sobre o que estou renunciando. Se eu tô satisfeita com as escolhas que fiz? Estou. Se eu sei o que e quem estou renunciando a cada escolha que faço? Sim, eu sei. A propósito: eu tô é bem feliz. Cansada, mas feliz. Se vai valer a pena? Como é que eu ou você vamos saber?
"Se o que eu sou é também o que eu escolhi ser, aceito a condição"
É óbvio que a vida é feita de escolhas. Você escolhe o xampu que vai usar, o que vai comer no almoço, o curso que vai fazer na faculdade, se vai ou não fazer faculdade, se quer namorar ou não, se vai fumar naquela festa, se é mais importante pra ti ser a menina mais linda da cidade ou se vale a pena dormir 8h por dia. Muita coisa, a gente nem percebe que ou porque escolheu; muita coisa é consciente, muitas outras, inconscientes. E tudo tem consequência nessa vida. Mas veja bem: consequência não é castigo, é resultado. Eu escolhi fazer duas graduações, ter três frilas fixos, morar sozinha e estagiar. Resultado? Tô cansada e tenho tendinite. Renúncias? Ter tempo livre, poder sair sempre, ficar o final de semana inteiro olhando pro teto.
O que me importa é avaliar os resultados das minhas escolhas e pensar sobre o que estou renunciando. Se eu tô satisfeita com as escolhas que fiz? Estou. Se eu sei o que e quem estou renunciando a cada escolha que faço? Sim, eu sei. A propósito: eu tô é bem feliz. Cansada, mas feliz. Se vai valer a pena? Como é que eu ou você vamos saber?
"Se o que eu sou é também o que eu escolhi ser, aceito a condição"
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
sobre a liberdade
Salão de beleza, média de idade das senhoras no local é de 50 anos, barulhos dos secadores de cabelo, cheiro típico de tintura, esmalte e finalizadores, o blablabla das senhoras de bobes na cabeça e uma pilha de revistas pra se ler enquanto espera. Sempre esqueço de levar algo pra me distrair e nunca quero ler nenhuma das revistas. Tenho preguiça. Tomei coragem, respirei fundo e peguei a Lola com umas chamadas interessantinhas. Deu certo. Na entrevista do Contardo Calligaris da Lola, fevereiro de 2011 (e que eu não achei online), ele falava sobre várias coisas. Relações, tristeza, liberdade. Li uma coisa que ficou ali, batucando minha cabeça: "a liberdade é um fardo".
Coloquei isso dentro da minha vida. A gente passa a infância querendo ser adultos. Pra quê? Pra ser livre, pra fazer o que a gente quiser - e a gente fala isso aos brados, estufando o peito. Mas aí a gente começa a crescer, começa a ser adulto, a ter contra pra pagar, filhos pra criar, xampu anti-caspa... e percebe que não é assim. Quanto mais livre somos, mais preso ficamos. Não existe a liberdade, existe a falsa noção da liberdade. Porque, quando somos livres, nos acorrentamos à liberdade.
Pra mim, a liberdade é uma utopia. Não digamos que seja ruim, então, mas é algo inalcançável. Como o Eduardo Galeano diz no vídeo abaixo (5:40), a utopia está no horizonte. Se você caminhar 10 passos, ela estará 10 passos a frente. Se caminhar 20, ela estará 20 passos a frente. Então, pra que serve a utopia? Pra isso: pra caminhar.
Por isso, pra mim, a gente passa a vida toda querendo estar onde não estamos: no ontem ou no amanhã. A gente só não pode esquecer que estamos no hoje.
sábado, 1 de setembro de 2012
dores x delícias do mês de agosto: parte 2
Papo vai, papo vem, e fofuras daqui, fofuras dali, as conversas desses últimos dias foram ótimas! Do novo amor platônico ao amor de muitos anos atrás que te manda email pra dizer que vem aqui ler pra saber de mim e do ser que atormenta teu planejamento diário nos últimos meses (mas, convenhamos, que eu deixo atormentar, que eu dou mais espaço que eu deveria, que eu dou mais prioridade que mereceria). Transbordando amor. dores 6 x delícias 6.
Novas paixões musicais: Silva, Cícero e Criolo. E, nessa onda brasileira - e fofíssima -, resolvi retomar um blog que eu tenho sobre coisas do Brasil. Me empolguei, já tem outro colaborador, tô arrumando o layout e em breve teremos posts lindos, semanais, ou whatever. dores 6 x delícias 7.
Floripa tem dessas: você sai, vê um cara lindo e tem certeza que ele não é hetero. Normal já. MAS e quando o cara lindo é hetero? Duas tequilas, duas cervejas e seiláquantotempo conversando. Até fui convidada pra uma festa uma semana depois. Se eu realmente iria? É, não deu pra ir. Mas ó ♥ . dores 6 x delícias 8.
Mas aí sábado foi um dia de preocupações: encanamento transbordando, uma nojeira que só vendo e aquela pessoa que some. Sumir não é o problema, o porquê do sumiço que é. E eu fiquei ali, com o coração na mão. Depois eu cortei o cabelo e pintei (ginger lifestyle) mas saí angustiada: foi caro e a moça cortou de-mais. Além disso, o cinza substituiu o azul do céu, esfriou e cheguei em casa louca por um chá. Nem tudo é rosa. dores 7 x delícias 8.
Depois do chá de sumiço, a pessoa reaparece. Parecia que tava apertando meu coração com a mão. Tudo bem, tudo mal, eu entendo mas não acho justificável. De qualquer forma, só queria saber se tava tudo bem lá dentro. Fui dormir com aquela sensação de impotência, queria poder fazer alguma coisa, qualquer coisa, sei lá. dores 8 x delícias 8.
Segunda começou com waffles de café-da-manhã, trabalhei em casa, teve gente rindo de graça, teve amor e fofura pra dar e vender. Terça começou com pesadelo, rinite matinal, chuva, tive que faltar a natação e dali pra frente foi estresse, angústia e desespero. Nada bom. dores 9 x delícias 9.
Resumo das últimas felicidades do mês: elogiaram meus trabalhos, minha cliente adorou as postagens da semana, um cara que faz trabalhos fuedas veio dizer que curtia meus trabalhos e me passou um frila, elogiaram meus cartazes pra minha amiga, elogiaram de novo meus trabalhos, tive uma reunião lin-da com a próxima-futura-atual-cliente & pra fechar com chave de ouro, um trabalho que fiz pra faculdade baseado num projeto da prefeitura TALVEZ vire realidade = ♥ tudo isso merece 2 pontos no placar. dores 9 x delícias 11.
No finalzinho do dia ainda temos a possibilidade que muito que vai dar certo de me mudar, de ir morar no apê de uma das minhas melhores amigas, de ser mais barato, da gente fazer um escritório ali no meio, num dos quartos, de, de, de... demais! dores 9 x delícias 12.
A gente reclama demais, vejam vocês. Acabo agosto sorrindo (entre choros, mas quem é que não chora de vez em sempre?).
Livremente inspirado no placar da Nucada durante o couchsurfing.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
sobre a efemeridade das coisas
Desde que eu me mudei pra Floripa pra fazer faculdade, passo pela mesma avenida pra chegar na minha faculdade. Desde que passo por ela, ela muda. Esses dias passei uma semana viajando e, quando voltei, tinham demolido uma casa (ou um prédio). Tinha um buraco, logo perto de uma outra construção. O que me chamou a atenção dessa vez não foi ter mais um prédio novo sendo construído, mas eu não lembrar o que foi destruído. E eu acho que eu lembro agora, depois de muito pensar cá com meus botões.
Parei pra pensar no resto da rua. Tinha um grafite lindo numa parede dentro de um terreno baldio. Quando eu resolvi fotografar o grafite, quebraram a parede, fecharam o terreno e começaram uma obra. A loja linda de cama-mesa-banho fechou, virou uma loja de uma marca bizarra de motos verdes, foi tudo demolido e construíram um novo bar do tipo "sou fino". Umas lojas que eu nem lembro mais o que eram fecharam ou se mudaram, porque as lojas comerciais tão cheias de placas de aluga-se. A clínica veterinária mudou de lugar (não lembro onde era e o que virou o lugar antigo) mas usou a mesma placa desbotada pra fachada.
Sempre foi assim, se a gente parar pra pensar. As coisas nunca foram pra sempre, a gente nunca vai ter a certeza de nada, vai tudo mudar quando a gente menos esperar ou permanecer do jeito quando a gente mais quiser que mude. Casais de anos se separam. Casais de meses se casam. Pessoas morrem, animais morrem. Papéis pegam fogo, comida estraga. Poeira acumula e cabelos crescem.
"Congela o tempo preu ficar devagarinho
Com as coisas que eu gosto
E que eu sei que são efêmeras
E que passam perecíveis
Que acabam, se despedem,
Mas eu nunca me esqueço."
Com as coisas que eu gosto
E que eu sei que são efêmeras
E que passam perecíveis
Que acabam, se despedem,
Mas eu nunca me esqueço."
terça-feira, 21 de agosto de 2012
dores x delícias do mês de agosto
A semana ia bem até chegar sábado, eu falar o que não deveria e ser lido por quem não deveria e eu estar no olho do furacão. Estado de espírito borocoxo, aquele nó no peito e peso no estômago de ser idiota - quem nunca? - e um domingo de vodka e tequila. dores 2 x delícias 1. Mas no domingo teve um dia de família, ganhei 2 novas irmãs (filhas da namorada do papis), delicinha. dores 2 x delícias 2. Segunda começa com muita dor no nariz por ter pseudo quebrado o dito cujo na noite anterior. dores 3 x delícias 2.
Contas chegando, dinheiro acabando. Secador de cabelo queima. Fone de ouvido - novo - é roído pela Nina. dores 4 x delícias 2. Semana do cão, apresentação do artigo num seminário, tensão em cristo e muitos elogios tanto da apresentação quanto do trabalho em andamento. Ponto pras delícias. dores 4 x delícias 3.
Encanamento de novo com problemas, vou lavar roupa e transborda a área de serviço. Faxina compulsiva, mesmo porque não posso usar o computador porque o carregador dele parou de funcionar. dores 5 x delícias 3. Passar o dia na casa da amiga pra poder usar o carregador dela pra entregar os trabalhos, ficar de papo, litros de café e um pacote de suspiro. dores 5 x delícias 4.
Acordar 7:45 sozinha de uma segunda pós-duas-tequilas-sunrise, bem disposta, arrumar a casa, almoçar cozamigo, ganhar trevo de quatro-folhas pra plantar, comprar o carregador novo pro computador e elogios à um trabalho que fiz. Delícia é pouco! dores 5 x delícias 5.
Tenho nada pra reclamar não.
Livremente inspirado no placar da Nucada durante o couchsurfing.
domingo, 15 de julho de 2012
tenho duas coisas a dizer #6
"And I can't stand you
Must everything you do make me wanna smile
Can I not like you for awhile? (No...)"
"Don't turn the lights on
Cause tonight I want to see you in the dark"
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
um ano sem planos, apenas livros
"Next year,
Things are gonna change
Gonna drink less beer
And start all over again
Gonna read more books
Gonna keep up with the news
Gonna learn how to cook
And spend less money on shoes
I'll pay my bills on time
File my mail away, everyday
Only drink the finest wine
And call my Gran every Sunday
Well resolutions
Baby, they come and go
Will I do any of these things?
The answer's probably no"
Daí que todo início de ano a gente faz uma lista de coisas pra fazer durante os próximos 365 dias. Eu sempre faço, sempre posto no blog e sempre revejo e reavalio o que eu fiz da lista. A de 2011 foi um desastre ecológico. E, pensando nisso e no tipo de coisas que eu coloco nas listas (coisas materiais, que não dependem de mim e/ou que eu já tô pensando em não fazer, por isso tão ali), resolvi não ter lista de coisas a fazer em 2012. Só quero que seja um ano bom com amor, dinheiro e saúde (não necessariamente nessa ordem).
Objetivos eu tenho sim, vários. Mas vou conquistando-os aos poucos, o que importa é dar um passo depois do outro e ter metas palpáveis. Daqui um ano eu conto o que eu fiz e o que deu certo. Por ora, vou fazer uma lista de livros a ler, que é a única lista que pretendo seguir e cumprir.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
o que eu fiz nos últimos 2 anos?
Praticamente desisti da faculdade de jornalismo. Tranquei, ela continua trancada e vou trancar mais um semestre. Quem sabe eu volte pra lá em 2012. On the other hand, me apaixonei perdidamente pelo design e estamos numa relação estável, muito obrigada.
Fui em 3 encontros estudantis: o R Santa Maria em 2009/2, o N Curitiba em 2010/1 e o RBH em 2010/2. Além disso, estive organizando um R Floripa por quase um ano e meio. Mas, desisti. Porque quando a sensação de válvula de escape e de satisfação acabou, ficou apenas o incômodo.
Ganhei um computador. Ele se tornou obsoleto em um ano. E consegui comprar um novo. E cá estamos, numa relação apaixonada e intensa. Ao contrário, continuo com meu velho celular de quase 5 anos. Nossa relação não é tão estável ou agradável, mas é o tipo de relação que a gente se acostuma e se acomoda. Mudar dá muito mais trabalho nesses casos.
Quanto às pessoas... conheci pessoas maravilhosas, que têm lugar garantido no mural de fotos para a eternidade. Mas, como nem tudo é perfeito, conheci pessoas que não pretendo continuar tendo uma relação, jamais! Conheci e "me apaixonei" por essa menina Ana Flávia, que me conquistou assim que logo falamos. E continua me conquistando, sendo cada vez mais linda e linda. Teve também o hiato de um ano de uma irmã que escolhi pra mim, a Tina. Ela, lá na Europa. Eu, cá no Brasil. A vida parece muito mais justa agora com ela perto de mim. Minha melhor amiga de mil anos, a Liara, passou pra medicina e está lá em Santa Maria, junto com os lindos Henrique, Leo e Victor. Vi uma vez a Naisa, que trancou a faculdade pra ser modelo em São Paulo! E eu via mais era o irmão dela aqui na ilha...
Me decepcionei tanto quanto você não pode imaginar ao ver pessoas jogando fora todo o meu amor por elas, mas a vida continua, e amor é o que não falta pra eu dar! Mesmo assim, tem gente que continua com um potinho de amor guardado aqui comigo, na minha estante das pessoas lindas.
Minha mãe resolveu se casar e morar em Miami e estou dividida entre a felicidade por ela, a possibilidade de visitá-la lá e comprar muuuuitos cosméticos baratos e/ou a saudade que vai ser difícil de matar.
Aprendi a comer mais saudavelmente, parei de tomar refrigerante, não como mais esses embutidos como presunto, raramente como frituras, comi um miojo e um cup noodles, e mesmo assim, engordei uns 5kg que tento perder desde então. Continuo comendo muito chocolate. Muito mesmo. Todos os dias. Tento parar, mas sou viciada.
Adquiri umas manias engraçadas como comprar coisas em dupla, beber muito café, gostar mais de cinzas brancos e pretos do que de coloridos, aumentei a seção “oncinha” do meu guarda-roupa e por aí vai.
Aprendi também a costurar, e fiz alguns vestidos e outras coisinhas. Depois disso, acumulei muitos tecidos sem corte nem costura e uma máquina pesada e sem lugar definido.
Tive os melhores e os piores dias da minha vida. Acordei sem dormir e dormi sem fechar os olhos.
Fiz yoga, boxe e musculação. Poucos meses e poucas seções. Nosso relacionamento é instável e não conseguimos nos manter juntos por muito tempo. Agora, estou flertando com a natação mas o frio está me mantendo em casa.
Quase matei uma plantinha das duas que comprei pro meu quarto. Este que, aliás, ficou o mesmo mas mudou bastante. Ganhei um guarda-roupa maior e coisas tiveram seu lugar mas, fora do guarda-roupa muita coisa continuou sem lugar não só no meu quarto.
Joguei fora alguns calçados e algumas roupas que não serviam ou não me representavam mais, enquanto algumas outras pareciam dizer tudo sobre mim. A paleta de cores do meu guarda-roupa mudou para tons pastéis, brancos, cinzas, beges e preto. Muito preto.
Meu iTunes teve muita música nova adicionada. Algo como MGMT, Foster The People, Phoenix que me viciaram em música “eletrônica” e, boas novas vozes brasileiras como Tiê, Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci.
Fui pra São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Santa Maria, Curitiba, São Francisco do Sul... e foram as melhores coisas e escolhas que fiz, com certeza. Não saio do mesmo lugar pra um lugar novo faz tempo e estou precisando. Tudo o que queria era uma passagem só de ida pra Tel Aviv nesse momento.
Conheci tanta gente, me apaixonei muitas vezes, estraguei tudo em todas elas, fiz tudo o que tinha pra fazer de errado, magoei e magoei de novo e me senti mal todas essas vezes. Com os espertos eu consegui conversar e, alguns até voltaram a falar comigo. Veja só que no meu aniversário foram 16 minutos no telefone com alguém que não falava fazia mais ou menos 1 ano e noite passada ou hoje de manhã, foram quase 2 horas no telefone. Duas horas.
Tentei mandar um bilhete onde estava escrito “come on baby light my fire” mas o destinatário estava indisponível. E continua ocupado toda vez que ligo. Talvez seja a diferença de idade, vai saber.
Comecei a trabalhar num jornal e estou quase aniversariando 2 anos lá. Mudamos de sala duas vezes e isso me fez muitos amigos e conhecer pessoas incríveis que guardo aqui, deep inside my heart.
Cozinhei pouco e sem muita criatividade. E, muitas vezes, sem muito sucesso. Bolos abatumaram, ficaram muito doce ou o forno não assou direito enquanto outros sairam-se perfeitos com a massa cor-de-rosa e cobertura de chocolate e estrelinhas coloridas.
Subi no palco muitas vezes e, pensando bem, deveria ter ficado no chão.
Visitei muitos amigos, conversei com várias mães de amigos que me encantaram, assim como seus filhos incríveis já o haviam feito antes.
Comi muitas coxinhas. Fui pouco a praia. Perdi muito tempo. Muito.
Priorizei coisas que não deveriam ser priorizadas, revi minhas prioridades e hoje, acredito estar com uma pirâmide de importância justa.
Falei demais e também deixei de falar muita coisa, mas acho que tudo o que foi pensado foi bem dito.
Construí um muro bem, bem alto ao meu redor pra me proteger das pessoas. Mas a porta da muralha em geral fica escancarada, não funcionando muito bem. Para todos os efeitos, não deixo de acreditar nas pessoas nunca, mesmo que isso ocasione decepções. Porque, em verdade, o pote da esperança é um dos maiores potes aqui na minha adega dos sentimentos. O maior pote, com certeza é o do amor e esse distribuo em embalagens com spray e tudo.
Senti saudades. Muitas. De muitas pessoas, ocasiões, decisões, palavras, escolhas, abraços, cheiros, gostos, ventos, dias, horas, segundos, lugares, sorrisos, olhares e principalmente, sentimentos. De ti, dele, dela, deles, delas, de todos ao mesmo tempo ou separados.
E sofri. Sofri em gostar de quem não gostava de mim. De querer ser legal com quem só queria o mal pra mim. Sofri de frio, de solidão, de tudo dando errado e desmoronando ao mesmo tempo na minha cabeça. Sofri por achar que não conseguiria fazer, por errar e ter de fazer de novo e ter de tomar decisões on my own.
Sofri muito em tentar achar sentimentos bons em quem não os tinha, em esperar de certas pessoas alguma atitude, em querer pouco dos outros que pra mim era muito. Sofri por ter sido deixada pra trás, por me julgarem errado, por ter gente querendo competir quando não há espaço para competição. Não há vencedores nem perdedores, só eternos competidores de uma maratona sem fim.
Chorei por mim e pelos outros, de solidão e da falta do silêncio, de vontade e de desprazer, de emoção, de felicidade, de tristeza e de consolo a mim mesma. Chorei quando não tinha mais opção ou quando a única opção era essa. Chorei ao conversar, ao perceber quão triste estava sendo tudo aquilo, quantas dúvidas pararam no ar e foram dançar com as nuvens. Chorei de dor física e dor emocional, porque dói e sempre vai doer lembrar de certas coisas. Chorei um choro ácido de raiva muitas vezes.
escrito em 8 de agosto de 2011 e sem as devidas atualizações
terça-feira, 11 de outubro de 2011
6 coisas aleatórias e simples pra ficar bem
1) lavar as mãos.
2) escovar os dentes.
3) prender o cabelo.
4) tirar o sapato.
5) abrir as janelas da casa.
6) passar um café fresquinho.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
cheiro de sentimento
sábado, 2 de julho de 2011
não sei o quanto você gostou de mim,
mas eu gostei muito. O problema é que peguei esse "gostar de você" e tranquei dentro de uma latinha, passei um cadeado e escondi em qualquer canto. E todos esses meses ele está escondido. Não sei se gostavas pouco ou muito, e também pouco me importa isso agora, sigo sem entender. Guardar e jogar fora coisas que não te fazem mais bem faz muito bem e, por isso, só tenho a agradecer.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
6 coisas aleatórias e extremamente irritantes
domingo, 26 de dezembro de 2010
das coisas que não falei em 2010
Aqui vai uma explicação: não ache que você é figurante ou protagonista de tudo aqui abaixo, mas leia com atenção. Não são coisas necessariamente que eu gostaria de ter dito ou que não tive oportunidade de dizer. São apenas, como o título diz, coisas que eu não falei para certas pessoas. Enjoy!
"Cala a boca! Você não faz nada, nunca fez. Você não trabalha, não sabe o que é dar o sangue, só sabe empurrar com a barriga e se fazer de coitada. Vai tarde, tchau! Orgulhar-se do que os outros tão fazendo é fácil, né? E pára de se fazer de vítima, peloamordedeus. Ninguém quer ficar ouvindo tuas mentiras, teus lamentos, tuas besteiras. Pára de fingir que faz alguma coisa. Ter teu nome num grupo não o faz, verdadeiramente, parte dele. Agora, se puder, CRESCE! E pára de bancar a adulta. Quantos anos tu tem mesmo? 20 e tantos, né? Acho que PASSOU DA HORA de criar vergonha nessa cara de pau e fazer por merecer. Sem mais."
"Tenho pena do seu namorado."
"Gente, se vocês não se gostam e não conseguem namorar sem incluir picuinhas e pessoas no meio das brigas de vocês, SEPAREM-SE. Obrigada."
"Credo, mas você é burra, hein?!"
"Então, eu realmente faço essas coisas porque amo você. E era isso."
"Eu não falo mais contigo? Peraí né? Você que é uma piranha que sai pegando o menino das amigas. Fica a dica."
"Onde você esteve esse tempo todo?"
"Ok, você precisa mostrar que conhece as pessoas, que só você conhece certas coisas sobre as pessoas, precisa falar com carinha de fofa, precisa sorrir, precisa muitas coisas. Precisa parecer legal, precisa que os outros tenham pena de você, precisa se meter numa conversa, precisa precisa. Sabe o que você precisa? Parar com isso, isso sim."
"Sim, tô puta. Porque você é engraçado, não consigo não rir contigo, porque você parece ser 5 pessoas num mesmo dia e não consegue simplesmente me dar um abraço."
"Fico idiota toda vez que fico perto de você, invariavelmente."
"PODE PARAR DE ENROLAR E ME DAR UM BEIJO DUMA VEZ? Obrigada."
"Você não faz falta ALGUMA."
"Vamos ver: você tá namorando faz mais de um ano e mesmo assim precisa fazer ciúmes na namorada vindo falar comigo no meio de uma festa?"
"Gente, que desperdício vocês dois gays lindos juntos."
"Aff, vai se foder! Deixa de ser chato, de reclamar, de encher o saco, de ser do contra, de pensar ao contrário, de incomodar quando não vai aparecer, etc e tal."
"Cala a boca! Você não faz nada, nunca fez. Você não trabalha, não sabe o que é dar o sangue, só sabe empurrar com a barriga e se fazer de coitada. Vai tarde, tchau! Orgulhar-se do que os outros tão fazendo é fácil, né? E pára de se fazer de vítima, peloamordedeus. Ninguém quer ficar ouvindo tuas mentiras, teus lamentos, tuas besteiras. Pára de fingir que faz alguma coisa. Ter teu nome num grupo não o faz, verdadeiramente, parte dele. Agora, se puder, CRESCE! E pára de bancar a adulta. Quantos anos tu tem mesmo? 20 e tantos, né? Acho que PASSOU DA HORA de criar vergonha nessa cara de pau e fazer por merecer. Sem mais."
"Tenho pena do seu namorado."
"Gente, se vocês não se gostam e não conseguem namorar sem incluir picuinhas e pessoas no meio das brigas de vocês, SEPAREM-SE. Obrigada."
"Credo, mas você é burra, hein?!"
"Então, eu realmente faço essas coisas porque amo você. E era isso."
"Eu não falo mais contigo? Peraí né? Você que é uma piranha que sai pegando o menino das amigas. Fica a dica."
"Onde você esteve esse tempo todo?"
"Ok, você precisa mostrar que conhece as pessoas, que só você conhece certas coisas sobre as pessoas, precisa falar com carinha de fofa, precisa sorrir, precisa muitas coisas. Precisa parecer legal, precisa que os outros tenham pena de você, precisa se meter numa conversa, precisa precisa. Sabe o que você precisa? Parar com isso, isso sim."
"Sim, tô puta. Porque você é engraçado, não consigo não rir contigo, porque você parece ser 5 pessoas num mesmo dia e não consegue simplesmente me dar um abraço."
"Fico idiota toda vez que fico perto de você, invariavelmente."
"PODE PARAR DE ENROLAR E ME DAR UM BEIJO DUMA VEZ? Obrigada."
"Você não faz falta ALGUMA."
"Vamos ver: você tá namorando faz mais de um ano e mesmo assim precisa fazer ciúmes na namorada vindo falar comigo no meio de uma festa?"
"Gente, que desperdício vocês dois gays lindos juntos."
"Aff, vai se foder! Deixa de ser chato, de reclamar, de encher o saco, de ser do contra, de pensar ao contrário, de incomodar quando não vai aparecer, etc e tal."
terça-feira, 30 de novembro de 2010
planos (in)acabados pro final de ano
Chega essa época do ano e a gente quer fazer tudo o que não fez durante o ano: ler 35 livros, ser feliz, fazer as pazes com todo mundo, arranjar um amor avassalador, tirar 10 em todas as matérias e passar com 100% de frequência, ser magra/o, morar e ir todo dia pra praia, não ter nenhum problema, ser rico, ser popular, amigo de todo mundo, ter com quem contar, ser reconhecido, inteligente, ter aprendido, ter aproveitado, ter ficado bêbado sem ter dado vexame, cabelos sedosos, todos os dentes na boca, nenhum problema, família perfeita, não ter derramado nenhuma lágrima "por quem não vale a pena", tem vivido intensamente, fervorosamente o ano todo, loucamente, insana, usado todas as drogas sem ter se viciado, nao ter adoecido, não ter sentido nenhuma dor, não ter caído, não ter se arrependido daquelas idiotices que você pensou, disse e fez...
É. Mas não dá mais tempo pra tudo isso.
É. Mas não dá mais tempo pra tudo isso.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
é o mundo achando que sou idiota.
17:25 eu preciso sair do trabalho mais cedo porque finalmente marquei minha consulta pra ver do meu pulso direito fodido de LER (lesao por esforço repetitivo, vocês sabem). Daí chega um povo feliz na minha sala "ginástica laboraaaaal". Querido, eu fiz yoga 7 da manhã hoje, tô bem alongadinha! Mas tá, perdi 10 min nessa porra, mais 10 min fechando os arquivos e salvando pra poder sair. Óbvio que ia me atrasar né.
17:50 finalmente o ônibus passou, cheguei no centro e é claro que ia estar uma multidão de gente e o ônibus que eu precisava pegar estaria lotado e demoraria a sair, chamado transporte público de Floripa.
18:10 peguei um ônibus direto, não para em nenhum ponto no meio do caminho, ou seja, ele vai ser mais rápido e não vou me atrasar a não ser que... é, trânsito dozinferno!
18:30 deveria estar no consultório, mas tô na metade do caminho. Ligo pra lá pra avisar que vou me atrasar e daí descubro que eles não vão poder me esperar, até tentaram me avisar antes e remarcamos a consulta pra quinta. Beleza, mas eu tô num ônibus que não pára, então preciso esperar ele chegar no terminal pra trocar de ônibus e voltar metade do caminho que o ônibus faz. Very funny. Eu até pensei em me estressar aqui, mas como tava indo pra Lagoa, poderia encontrar com a minha irmã que mora lá. Óbvio que não deu certo né, MASSSSS OK!!
19:15 chego na faculdade, como um chocolate que to merecendo e penso "vou no laboratório de informática pra pegar as coisas que tão lá na rede e já fazer o trabalho pra amanhã enquanto espero minha aula que começa 20:45". Excepcionalmente hoje, o Laboratório fechou 19h. Aeeee fdp!!!
19:40 vou pra biblioteca passar o tempo enquanto não chega a hora da aula, né. Descobri dois livros ótemos, deu a hora da aula, vamos lá. Só vou assinar a lista de presença e sair, porque essas apresentações de trabalho estão uma bosta, ninguém merece.
20:45 aviso na porta da sala dizendo que não vai ter aula. FUCK MY LIFE NÉ?!?!?!?! PODERIA TER IDO PRA CASA DUASSSSS HORAS ATRAAAASSS.
21:30 chego em casa e venho contar essa trágica história para o mundo.
17:50 finalmente o ônibus passou, cheguei no centro e é claro que ia estar uma multidão de gente e o ônibus que eu precisava pegar estaria lotado e demoraria a sair, chamado transporte público de Floripa.
18:10 peguei um ônibus direto, não para em nenhum ponto no meio do caminho, ou seja, ele vai ser mais rápido e não vou me atrasar a não ser que... é, trânsito dozinferno!
18:30 deveria estar no consultório, mas tô na metade do caminho. Ligo pra lá pra avisar que vou me atrasar e daí descubro que eles não vão poder me esperar, até tentaram me avisar antes e remarcamos a consulta pra quinta. Beleza, mas eu tô num ônibus que não pára, então preciso esperar ele chegar no terminal pra trocar de ônibus e voltar metade do caminho que o ônibus faz. Very funny. Eu até pensei em me estressar aqui, mas como tava indo pra Lagoa, poderia encontrar com a minha irmã que mora lá. Óbvio que não deu certo né, MASSSSS OK!!
19:15 chego na faculdade, como um chocolate que to merecendo e penso "vou no laboratório de informática pra pegar as coisas que tão lá na rede e já fazer o trabalho pra amanhã enquanto espero minha aula que começa 20:45". Excepcionalmente hoje, o Laboratório fechou 19h. Aeeee fdp!!!
19:40 vou pra biblioteca passar o tempo enquanto não chega a hora da aula, né. Descobri dois livros ótemos, deu a hora da aula, vamos lá. Só vou assinar a lista de presença e sair, porque essas apresentações de trabalho estão uma bosta, ninguém merece.
20:45 aviso na porta da sala dizendo que não vai ter aula. FUCK MY LIFE NÉ?!?!?!?! PODERIA TER IDO PRA CASA DUASSSSS HORAS ATRAAAASSS.
21:30 chego em casa e venho contar essa trágica história para o mundo.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
enough
Vamos deixar bem claro uma coisa aqui, só entre nós: eu gosto de me machucar, e por isso crio essas ilusões na minha cabeça quando tá tudo certo, pra que eu possa sofrer, como sempre acontece. Nem por isso, te eximes das culpas que já pedisse desculpas. Tudo bem, são águas passadas. Mas meudeus, porque será que a gente não consegue fingir indiferença, pelo menos? Ficamos naquele diz-que-diz-que, lembrei de ti, eu também, pensei em ti, eu também, AH MAS QUE PORRA! Chega disso.
domingo, 30 de maio de 2010
it's only fear
Eu não tenho pretensão de salvar o mundo, mas providências serão tomadas.
Se sentir falta é ser dependente, então sim, dependo.
Se sentir falta é ser dependente, então sim, dependo.
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