Praticamente desisti da faculdade de jornalismo. Tranquei, ela continua
trancada e vou trancar mais um semestre. Quem sabe eu volte pra lá em
2012. On the other hand, me apaixonei perdidamente pelo design e estamos
numa relação estável, muito obrigada.
Fui em 3 encontros estudantis: o R Santa Maria em 2009/
2, o N Curitiba em 2010/1 e o RBH em 2010/
2.
Além disso, estive organizando um R Floripa por quase um ano e meio.
Mas, desisti. Porque quando a sensação de válvula de escape e de
satisfação acabou, ficou apenas o incômodo.
Ganhei um computador. Ele se tornou obsoleto em um ano. E consegui
comprar um novo. E cá estamos, numa relação apaixonada e intensa. Ao
contrário, continuo com meu velho celular de quase 5
anos.
Nossa relação não é tão estável ou agradável, mas é o tipo de relação
que a gente se acostuma e se acomoda. Mudar dá muito mais trabalho
nesses casos.
Quanto às pessoas... conheci pessoas maravilhosas, que têm lugar
garantido no mural de fotos para a eternidade. Mas, como nem tudo é
perfeito, conheci pessoas que não pretendo continuar tendo uma relação,
jamais! Conheci e "me apaixonei" por essa menina Ana Flávia, que me
conquistou assim que logo falamos. E continua me conquistando, sendo
cada vez mais linda e linda. Teve também o hiato de um ano de uma irmã
que escolhi pra mim, a Tina. Ela, lá na Europa. Eu, cá no Brasil. A vida
parece muito mais justa agora com ela perto de mim. Minha melhor amiga
de mil
anos, a Liara, passou pra medicina e está
lá em Santa Maria, junto com os lindos Henrique, Leo e Victor. Vi uma
vez a Naisa, que trancou a faculdade pra ser modelo em São Paulo! E eu via mais era o irmão dela aqui na ilha...
Me decepcionei tanto quanto você não pode imaginar ao ver pessoas
jogando fora todo o meu amor por elas, mas a vida continua, e amor é o
que não falta pra eu dar! Mesmo assim, tem gente que continua com um
potinho de amor guardado aqui comigo, na minha estante das pessoas
lindas.
Minha mãe resolveu se casar e morar em Miami e estou dividida entre a
felicidade por ela, a possibilidade de visitá-la lá e comprar muuuuitos
cosméticos baratos e/ou a saudade que vai ser difícil de matar.
Aprendi a
comer mais saudavelmente, parei de tomar refrigerante, não como mais
esses embutidos como presunto, raramente como frituras, comi um miojo e
um cup noodles, e mesmo assim, engordei uns 5kg que tento perder desde
então. Continuo comendo muito chocolate. Muito mesmo. Todos os dias.
Tento parar, mas sou viciada.
Adquiri umas manias engraçadas como comprar coisas em dupla, beber muito
café, gostar mais de cinzas brancos e pretos do que de coloridos,
aumentei a seção “oncinha” do meu guarda-roupa e por aí vai.
Aprendi
também a costurar, e fiz alguns vestidos e outras coisinhas. Depois
disso, acumulei muitos tecidos sem corte nem costura e uma máquina
pesada e sem lugar definido.
Tive os melhores e os piores dias da minha vida. Acordei sem dormir e dormi sem fechar os olhos.
Fiz
yoga, boxe e musculação. Poucos meses e poucas seções. Nosso
relacionamento é instável e não conseguimos nos manter juntos por muito
tempo. Agora, estou flertando com a natação mas o frio está me mantendo
em casa.
Quase matei uma plantinha das duas que comprei pro meu quarto. Este que,
aliás, ficou o mesmo mas mudou bastante. Ganhei um guarda-roupa maior e
coisas tiveram seu lugar mas, fora do guarda-roupa muita coisa
continuou sem lugar não só no meu quarto.
Joguei fora alguns calçados e algumas roupas que não serviam ou não me
representavam mais, enquanto algumas outras pareciam dizer tudo sobre
mim. A paleta de cores do meu guarda-roupa mudou para tons pastéis,
brancos, cinzas, beges e preto. Muito preto.
Meu iTunes teve muita música nova adicionada. Algo como MGMT, Foster The
People, Phoenix que me viciaram em música “eletrônica” e, boas novas
vozes brasileiras como Tiê, Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci.
Fui pra São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Santa Maria, Curitiba, São
Francisco do Sul... e foram as melhores coisas e escolhas que fiz, com
certeza. Não saio do mesmo lugar pra um lugar novo faz tempo e estou
precisando. Tudo o que queria era uma passagem só de ida pra Tel Aviv
nesse momento.
Conheci tanta gente, me apaixonei muitas vezes, estraguei tudo em todas
elas, fiz tudo o que tinha pra fazer de errado, magoei e magoei de novo e
me senti mal todas essas vezes. Com os espertos eu consegui conversar
e, alguns até voltaram a falar comigo. Veja só que no meu aniversário
foram 16 minutos no telefone com alguém que não falava fazia mais ou
menos 1 ano e noite passada ou hoje de manhã, foram quase
2 horas no telefone. Duas horas.
Tentei mandar um bilhete onde estava escrito “come on baby light my
fire” mas o destinatário estava indisponível. E continua ocupado toda
vez que ligo. Talvez seja a diferença de idade, vai saber.
Comecei a trabalhar num jornal e estou quase aniversariando
2 anos lá. Mudamos de sala duas vezes e isso me fez muitos amigos e conhecer pessoas incríveis que guardo aqui, deep inside my heart.
Cozinhei pouco e sem muita criatividade. E, muitas vezes, sem muito
sucesso. Bolos abatumaram, ficaram muito doce ou o forno não assou
direito enquanto outros sairam-se perfeitos com a massa cor-de-rosa e
cobertura de chocolate e estrelinhas coloridas.
Subi no palco muitas vezes e, pensando bem, deveria ter ficado no chão.
Visitei
muitos amigos, conversei com várias mães de amigos que me encantaram,
assim como seus filhos incríveis já o haviam feito antes.
Comi muitas coxinhas. Fui pouco a praia. Perdi muito tempo. Muito.
Priorizei coisas que não deveriam ser priorizadas, revi minhas
prioridades e hoje, acredito estar com uma pirâmide de importância
justa.
Falei demais e também deixei de falar muita coisa, mas acho que tudo o que foi pensado foi bem dito.
Construí um muro bem, bem alto ao meu redor pra me proteger das pessoas.
Mas a porta da muralha em geral fica escancarada, não funcionando muito
bem. Para todos os efeitos, não deixo de acreditar nas pessoas nunca,
mesmo que isso ocasione decepções. Porque, em verdade, o pote da
esperança é um dos maiores potes aqui na minha adega dos sentimentos. O
maior pote, com certeza é o do amor e esse distribuo em embalagens com
spray e tudo.
Senti saudades. Muitas. De muitas pessoas, ocasiões, decisões, palavras,
escolhas, abraços, cheiros, gostos, ventos, dias, horas, segundos,
lugares, sorrisos, olhares e principalmente, sentimentos. De ti, dele,
dela, deles, delas, de todos ao mesmo tempo ou separados.
E sofri. Sofri em gostar de quem não gostava de mim. De querer ser legal
com quem só queria o mal pra mim. Sofri de frio, de solidão, de tudo
dando errado e desmoronando ao mesmo tempo na minha cabeça. Sofri por
achar que não conseguiria fazer, por errar e ter de fazer de novo e ter
de tomar decisões on my own.
Sofri muito em tentar achar sentimentos bons em quem não os tinha, em
esperar de certas pessoas alguma atitude, em querer pouco dos outros que
pra mim era muito. Sofri por ter sido deixada pra trás, por me julgarem
errado, por ter gente querendo competir quando não há espaço para
competição. Não há vencedores nem perdedores, só eternos competidores de
uma maratona sem fim.
Chorei por mim e pelos outros, de solidão e da falta do silêncio, de
vontade e de desprazer, de emoção, de felicidade, de tristeza e de
consolo a mim mesma. Chorei quando não tinha mais opção ou quando a
única opção era essa. Chorei ao conversar, ao perceber quão triste
estava sendo tudo aquilo, quantas dúvidas pararam no ar e foram dançar
com as nuvens. Chorei de dor física e dor emocional, porque dói e sempre
vai doer lembrar de certas coisas. Chorei um choro ácido de raiva
muitas vezes.
escrito em 8 de agosto de 2011 e sem as devidas atualizações