domingo, 22 de abril de 2012

tenho duas coisas a dizer #5

1)

"Congela o tempo preu ficar devagarinho
Com as coisas que eu gosto
E que eu sei que são efêmeras
E que passam perecíveis
Que acabam, se despedem,
Mas eu nunca me esqueço."

2)

"O mundo muda assim sem avisar
Sem pedir licença
O dia clareou, lá fora num instante
O mundo muda assim sem me falar
Mas eu não mudo
Tão fácil assim, só se for domingo"

Clima de domingo.

sábado, 21 de abril de 2012

Rique, ou o sorriso mais lindo que eu já vi


Abri minha agenda de dois mil e onze com uma dúvida besta de onde eu havia passado o carnaval naquele ano. Me deparei com, no dia quinze, o nome de um amigo, sinalizando que é dia quinze seu aniversário. Meu amigo se chama Henrique Vasques e ele se foi faz dois meses, hoje [02/03].

Eu conheci o Henrique em dois mil e oito, pela internet e pelo irmão dele, o Victor. Na época eu queria saber de alguém que fizesse design o que esperar da profissão, e fui, na cara-de-pau, falar com o Victor porque já lia o blog (na época) dele, o Com Limão. Dei a maior sorte do mundo, porque além de super atencioso com as minhas dúvidas, o Victor é uma pessoa maravilhosa, linda mesmo. E, de quebra, ele me apresentou um dos meninos mais incríveis que já conheci na vida, o Henrique, irmão dele.

De Natal, naquele ano, o Henrique me mandou Memórias Póstumas de Brás Cubas, do Machado de Assis, porque sabe que eu amo ele e um livro sobre a história da publicidade, porque sabia que eu queria estudar design. Tinha um bilhete muito fofo junto, que, se eu me lembro bem, está no meio do livro, na casa da minha mãe, junto com alguns livros meus que continuam lá.

A gente só se conheceu pessoalmente em dois mil e nove, quando eu finalmente fui parar em São Paulo e pude abraçar aquele menino que era lindo em todos os sentidos e centímetros da palavra. Não me arrependo de nenhum segundo que a gente passou junto, e o que vem aqui na minha mente quando lembro dele é aquele sorriso lindo, o mais lindo que eu já vi.

Esses dias sonhei que estava em São Paulo, na farmácia da Avenida Paulista que eu comentei, lá em dois mil e nove, com o Henrique que eu perderia horas dentro dela, porque parecia ser muito legal (e eu amo farmácias). De repente, o Henrique aparecia na farmácia, sorrindo, e falando:

- Cristal, o que você está fazendo aqui, menina?

Eu nem consegui responder. E eu corri abraçá-lo. E abracei, e não queria mais soltar. E ele rindo, como sempre, me perguntava porque eu não soltava, e dizia que eu não precisava me preocupar, porque ele não iria a lugar algum. Mas eu não conseguia, eu sentia que ele ia fugir de mim, desaparecer, sumir. E eu abraçava mais forte, apertando os olhos e tentando grudar nele, porque desse jeito, quem sabe, a gente não se separasse mesmo. Aí eu acordei, terrível. Percebi que e o que eu tinha acabado de sonhar e me deu um aperto no peito, um nó no estômago e eu só consegui abraçar meu travesseiro. E a maior tristeza desse mundo é saber que não terei mais abraço, sorriso ou gentilezas e fofuras da sua parte, amigo. Acordei sabendo que eu não tinha mais o que dizer pro Henrique, pois ele não poderia mais me escutar.

Perder um amigo é muito triste. Dói demais, e vai doer para sempre. Se tem uma coisa que era unanimidade, era como você era uma pessoa incrível. Como todos os milímetros do Henrique eram lindos. Eu nem sei com quais palavras te descrever, porque quem te conheceu sabe exatamente quão grande de espírito você era.

Todos vamos e já sentimos sua falta.
E eu, eu só tenho a agradecer por ter tido a oportunidade de conhecer o Rique.

“Quem sabe o que é ter e perder alguém
Sente a dor que eu senti
Quem sabe o que é ver quem se quer partir
E não ter pra onde ir”

quarta-feira, 18 de abril de 2012

6 coisas aleatórias que eu queria poder dizer

1) "Tô indo doar sangue."

2) "Tenho tempo livre hoje, amanhã e sexta!"

3) "Comprei o ingresso pro show do Paul McCartney."

4) "A gripe passou e não tenho mais tendinite!"

5) "Mãe, vou pro Maranhão pro P&D!"

6) "Passagens compradas: São Paulo e Porto Alegre em Maio, EUA em Julho!"

quarta-feira, 11 de abril de 2012

6 pequenos luxos aleatórios


1) Geléia importada – e francesa – de Cerises Noires (R$15).

2) Sabonete da L'Occitane en Provence (R$15).

3) Chá vermelho com amora da Feel Good (R$4,50).

4) Manteiga Aviação (R$5,25).

5) Eisenbahn Weiss (R$6).

6) Azeite de oliva bom (entre R$15 e R$25).

domingo, 8 de abril de 2012

mulherzices: hidratação

Acho que uma das coisas mais chatas de se envelhecer é ter de usar hidratante todos os dias. Sério! E não é só um hidratante, são vários: corpo, rosto, mãos, cabelo e pés. Mas tudo bem, porque mulher adora um creminho, um cheirinho, ficar se alisando etc. Só que não.

Vocês já pararam pra pensar o quão irritante é isso tudo? Quando eu era mais nova, malemá passava condicionador todos os dias. Hidratante no corpo só no verão (e pra evitar descascar, já que eu passava horas dentro de uma piscina cheia de cloro e no sol). Fora isso, rolava um excesso de manteiga de cacau no inverno porque o frio era literalmente de rachar – a boca.

Agora, é só sair do banho pra começar le ritual: creminho no corpo (absorvido rapidamente); creminho no cabelo (sem enxágue, e eu que achava que meu cabelo era oleoso); creminho no rosto (até pouco tempo atrás o mesmo rosto precisava ser lavado duas vezes ao dia tamanha a oleosidade); creme nas mãos (pobres cutículas). Creme nos pés só de vez em quando, né? Porque haja paciência de ficar com los pesitos melecados. Eca!

Eu, sinceramente, tenho uma preguiça eterna, absoluta e infinita desses cremes todos. Eu gosto de escolher, ter vários (tenho 3 pro cabelo, 2 pro corpo – e um óleo, 1 pras mãos, 1 pro rosto e 1 pros pés) etc e tal. Mas detesto a sensação de ficar melada, de ter 5 cheiros diferentes de uma só vez em mim. Fazer o que, né? São os vinte anos e os problemas de hidratação do nosso corpinho chegando (e moi tentando incluir essa melação no dia-a-dia).

quarta-feira, 4 de abril de 2012

6 plantas aleatórias que eu tenho


1) Pimenta malagueta, presente do Bazi.



2) Violeta.


3) Suculenta, presente da Ninna.



4) Suculentas alemãs, presente da Tina.


5) Alyssum, flor com cheirinho de mel.



6) Essa (que é a mesma da que está com a pimenta). Dá flores bem fofas.

domingo, 1 de abril de 2012

eu não quero um namorado

"Eu não quero uma relação monogâmica tradicional" você disse. Aí eu pensei "ué, mas nem eu! Quem foi que disse isso?!" Eu não quero aliança com seu nome gravado, nem o meu nome no seu dedo. Não quero ter que dar explicações do que fiz hoje, ontem ou amanhã. Não sei andar de mãos dadas, ter acompanhante. Só quero ter alguém pra dormir comigo de vez em quando. Alguém pra ir no cinema, pra fazer piquenique ou fazer nada juntos. Alguém pra dar um abraço e um beijo gostoso, assim, quando a carência bate e você quer ter em quem se agarrar. Só quero alguém pra acordar junto de vez em quando. Quero fazer café-da-manhã pra ti, às vezes. Quero poder ir numa festa, você em outra e contarmos o que fizemos. Aí se ficamos com outras pessoas a gente fica com um ciuminho que logo passa (ou fingimos que passa).

Mas acho que também quero me irritar daqui a pouco com o que acho graça agora. Conhecer manias, detalhes, pequenezas e extraordinarezas (e essa palavra nem existe). Ficar com teu cheiro preso nas narinas, teu gosto na boca. Fechar os olhos e te ver ali, pairando na mente. Quero ficar tonta e boba ao teu lado, não saber falar, ba-bal-bu-ci-ci-ar as palavras. Quero acordar e dividir meu pão-doce e meu café contigo. Saber que tenho uma companhia garantida porque a gente não cansa de estar junto.

Não quero as complicações de um relacionamento chato. Vamos deixar deixando, vai levando e deixa levar. Sem pressa, sem cobranças, sem as coisas chatas. Só com teu cheirinho de manhã e um abraço regularmente.