quarta-feira, 26 de setembro de 2012

6 coisas aleatórias e fofas sobre a Nina

Hoje faz um ano que eu fui pegar um filhotinho peludo e branco de olhos azuis no meio de outros seis. Hoje faz um ano que a primeira coisa que eu faço é dar comida, afofar e abrir a torneira pra essa bichinha tomar água. Hoje faz um ano que toda vez que eu chego em casa tem uma bolinha miando e me esperando na porta. Hoje faz um ano que eu escolhi ser mãe dessa coisa linda – e que sou completamente apaixonada. Por isso, hoje o 6 coisas aleatórias é especial pra Ninoca:

1) Ela pede pra beber água da torneira do banheiro.


2) Ela adora comer frutas:


3) Ela, em geral, não tem cheirinho. Um dia eu disse que ela cheirava a pão dôce, mas acho que não é bem isso. Agora ela tá cheirando amaciante por causa das cobertas limpinhas e cheirosas, nhoin.


4) Como uma gata que se preza, ela adora caixas e sacolas, se enfiar em buracos e coisas do tipo.


5) Ela gosta de comer sacolas de plástico de mercado. Sério, não sei qual é a fixação, mas fico altamente preocupada porque não deve ser nada saudável comer plástico

6) Ela se irrita com o despertador tocando e eu não ouvindo (normal) e vem me acordar miandinho e mordendo fraquinho. Nhac!

domingo, 23 de setembro de 2012

sobre escolhas e renúncias

"A vida é feita de escolhas" diz o clichê. E é mesmo, de escolhas e renúncias. Eu gosto muito do filme Diabo Veste Prada por vários motivos e um deles é como a personagem Andy, da Anne Hathaway, passa o filme inteiro repetindo "I didn't have a choice!" Ela usa essa frase como justificativa pelo atraso, falta ou ausência nas vidas de seus amigos e seu namorado desde que começou seu novo trabalho. Em um ponto do filme, seu namorado diz que sim, ela tinha escolha. Ela poderia simplesmente ter dito não à chefe, ter largado o emprego. Mas ela escolheu continuar. Ela escolheu o trabalho e isso significou renunciar alguns relacionamentos pessoais. Normal, digamos. Mas chega em um ponto que ela percebe que prefere seu namorado e seus amigos ao trabalho. E então ela escolhe eles e sai do trabalho. Simples, pero no es fácil.

É óbvio que a vida é feita de escolhas. Você escolhe o xampu que vai usar, o que vai comer no almoço, o curso que vai fazer na faculdade, se vai ou não fazer faculdade, se quer namorar ou não, se vai fumar naquela festa, se é mais importante pra ti ser a menina mais linda da cidade ou se vale a pena dormir 8h por dia. Muita coisa, a gente nem percebe que ou porque escolheu; muita coisa é consciente, muitas outras, inconscientes. E tudo tem consequência nessa vida. Mas veja bem: consequência não é castigo, é resultado. Eu escolhi fazer duas graduações, ter três frilas fixos, morar sozinha e estagiar. Resultado? Tô cansada e tenho tendinite. Renúncias? Ter tempo livre, poder sair sempre, ficar o final de semana inteiro olhando pro teto.

O que me importa é avaliar os resultados das minhas escolhas e pensar sobre o que estou renunciando. Se eu tô satisfeita com as escolhas que fiz? Estou. Se eu sei o que e quem estou renunciando a cada escolha que faço? Sim, eu sei. A propósito: eu tô é bem feliz. Cansada, mas feliz. Se vai valer a pena? Como é que eu ou você vamos saber?

"Se o que eu sou é também o que eu escolhi ser, aceito a condição"


 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

estereótipos: o normal conservador


Existe um tipo muito comum e corriqueiro que está sempre metido entre algum grupo. Você já viu, já notou, com toda certeza. Se não, quem sabe seja você! Ele é facilmente reconhecido, mas não tão facilmente lembrado. Isso acontece pela falta de características próprias e incomuns: ele está sempre dentro dos padrões estabelecidos por ele e outros que se dizem normais. Padrões esses que não são nem muito alto, nem muito baixo; nem magro, nem gordo; nem feio, nem bonito; nem loiro, nem castanho. Eles são o meio-termo, o lugar-comum, se diferenciam apenas pelo nome e sobrenome, se descritos possuem quase as mesmas características: cabelo castanho-claro ou loiro-escuro, nem tão castanho assim, mas não é loiro, calça e camiseta, tênis, mochila, nem alto nem baixo, é amigo de uns e outros. Na prática, se não existisse ou deixasse de existir, nem notaríamos.

Esse tipo, entretanto, é um desses senhores da verdade. Ele costuma separar o joio do trigo de forma que, no mundo dele, só há espaço para o preto e o branco; o bom e o mau; o certo e o errado. Dessa forma, faltam os tons de cinza, os entretons, as dualidades, as falhas, as incertezas. E, para julgar o que conhece - e por vezes até o que desconhece - ele classifica as coisas de acordo e unicamente com sua opinião, sua visão de mundo. Se para ele é branco, o preto estará errado. Assim, discorda de tudo que não esteja classificado em seu padrão de normalidade e, claro, condena quem escolhe o outro lado.

Assim, o inferno são sempre os outros. Ele, no pedestal da normalidade, do correto, da astúcia e dos parâmetros do homem-bom, não se deixa atingir pelas diferenças, pela pluralidade e pelas escolhas outras que existem pro resto das pessoas. Julgar é necessário, achar ridículo é obrigatoriedade, afinal, como ele pode concordar com algo que não é o que ele conhece? Mesmo assim, ele adora entrar nas discussões - claro, para reafirmar a sua posição intransigente e ditadora. No fundo, deve ser receio de experimentar e mudar e se transformar num desses "estranhos" que ele tanto critica bom a boca cheia.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

sobre a liberdade


Salão de beleza, média de idade das senhoras no local é de 50 anos, barulhos dos secadores de cabelo, cheiro típico de tintura, esmalte e finalizadores, o blablabla das senhoras de bobes na cabeça e uma pilha de revistas pra se ler enquanto espera. Sempre esqueço de levar algo pra me distrair e nunca quero ler nenhuma das revistas. Tenho preguiça. Tomei coragem, respirei fundo e peguei a Lola com umas chamadas interessantinhas. Deu certo. Na entrevista do Contardo Calligaris da Lola, fevereiro de 2011 (e que eu não achei online), ele falava sobre várias coisas. Relações, tristeza, liberdade. Li uma coisa que ficou ali, batucando minha cabeça: "a liberdade é um fardo".

Coloquei isso dentro da minha vida. A gente passa a infância querendo ser adultos. Pra quê? Pra ser livre, pra fazer o que a gente quiser - e a gente fala isso aos brados, estufando o peito. Mas aí a gente começa a crescer, começa a ser adulto, a ter contra pra pagar, filhos pra criar, xampu anti-caspa... e percebe que não é assim. Quanto mais livre somos, mais preso ficamos. Não existe a liberdade, existe a falsa noção da liberdade. Porque, quando somos livres, nos acorrentamos à liberdade.

Pra mim, a liberdade é uma utopia. Não digamos que seja ruim, então, mas é algo inalcançável. Como o Eduardo Galeano diz no vídeo abaixo (5:40), a utopia está no horizonte. Se você caminhar 10 passos, ela estará 10 passos a frente. Se caminhar 20, ela estará 20 passos a frente. Então, pra que serve a utopia? Pra isso: pra caminhar.



Por isso, pra mim, a gente passa a vida toda querendo estar onde não estamos: no ontem ou no amanhã. A gente só não pode esquecer que estamos no hoje.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

palavras dos outros: felicidade realista


"De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que só podemos ser felizes formando um par, e não como ímpares? Ter um parceiro constante não é sinônimo de felicidade, a não ser que seja a felicidade de estar correspondendo às expectativas da sociedade, mas isso é outro assunto. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com três parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um game onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo."

Pesquisei, pesquisei e fiquei na dúvida se é mesmo da Martha Medeiros.

sábado, 1 de setembro de 2012

dores x delícias do mês de agosto: parte 2

Pensando bem, com o placar empatado em dores 5 x delícias 5, agosto não ia tão mal assim. Dá pra levar, todo mês deve ser assim, é birra nossa. Terminei o outro post falando que comprei o carregador novo pro meu computador - e teoricamente os problemas teriam terminado - mas o aviso service battery continuou aparecendo. Preciso ir na assistência técnica e, se tiver de trocar a bateria, serão uns R$500. dores 6 x delícias 5.

Papo vai, papo vem, e fofuras daqui, fofuras dali, as conversas desses últimos dias foram ótimas! Do novo amor platônico ao amor de muitos anos atrás que te manda email pra dizer que vem aqui ler pra saber de mim e do ser que atormenta teu planejamento diário nos últimos meses (mas, convenhamos, que eu deixo atormentar, que eu dou mais espaço que eu deveria, que eu dou mais prioridade que mereceria). Transbordando amor. dores 6 x delícias 6.

Novas paixões musicais: Silva, Cícero e Criolo. E, nessa onda brasileira - e fofíssima -, resolvi retomar um blog que eu tenho sobre coisas do Brasil. Me empolguei, já tem outro colaborador, tô arrumando o layout e em breve teremos posts lindos, semanais, ou whatever. dores 6 x delícias 7.

Floripa tem dessas: você sai, vê um cara lindo e tem certeza que ele não é hetero. Normal já. MAS e quando o cara lindo é hetero? Duas tequilas, duas cervejas e seiláquantotempo conversando. Até fui convidada pra uma festa uma semana depois. Se eu realmente iria? É, não deu pra ir. Mas ó . dores 6 x delícias 8.

Mas aí sábado foi um dia de preocupações: encanamento transbordando, uma nojeira que só vendo e aquela pessoa que some. Sumir não é o problema, o porquê do sumiço que é. E eu fiquei ali, com o coração na mão. Depois eu cortei o cabelo e pintei (ginger lifestyle) mas saí angustiada: foi caro e a moça cortou de-mais. Além disso, o cinza substituiu o azul do céu, esfriou e cheguei em casa louca por um chá. Nem tudo é rosa. dores 7 x delícias 8.

Depois do chá de sumiço, a pessoa reaparece. Parecia que tava apertando meu coração com a mão. Tudo bem, tudo mal, eu entendo mas não acho justificável. De qualquer forma, só queria saber se tava tudo bem lá dentro. Fui dormir com aquela sensação de impotência, queria poder fazer alguma coisa, qualquer coisa, sei lá. dores 8 x delícias 8.

Segunda começou com waffles de café-da-manhã, trabalhei em casa, teve gente rindo de graça, teve amor e fofura pra dar e vender. Terça começou com pesadelo, rinite matinal, chuva, tive que faltar a natação e dali pra frente foi estresse, angústia e desespero. Nada bom. dores 9 x delícias 9.

Resumo das últimas felicidades do mês: elogiaram meus trabalhos, minha cliente adorou as postagens da semana, um cara que faz trabalhos fuedas veio dizer que curtia meus trabalhos e me passou um frila, elogiaram meus cartazes pra minha amiga, elogiaram de novo meus trabalhos, tive uma reunião lin-da com a próxima-futura-atual-cliente & pra fechar com chave de ouro, um trabalho que fiz pra faculdade baseado num projeto da prefeitura TALVEZ vire realidade = tudo isso merece 2 pontos no placar. dores 9 x delícias 11.

No finalzinho do dia ainda temos a possibilidade que muito que vai dar certo de me mudar, de ir morar no apê de uma das minhas melhores amigas, de ser mais barato, da gente fazer um escritório ali no meio, num dos quartos, de, de, de... demais! dores 9 x delícias 12.

A gente reclama demais, vejam vocês. Acabo agosto sorrindo (entre choros, mas quem é que não chora de vez em sempre?).

Livremente inspirado no placar da Nucada durante o couchsurfing.