quarta-feira, 30 de março de 2011

não há fogo, só cigarro e fumaça

Tem vezes que você nem percebe no que está a sua volta: nem nas pessoas, nem nos sons, muito menos nas intenções. No fundo, a gente presta atenção no que nos interessa. E, se implantam o interesse, você passa a prestar atenção.
Quando ganhei um abraço e fui nomeada "minha amiga", aposto que levantei a sobrancelha. Mas fiquei ali, sem saber o que falar. Peguei um cigarro. Depois outro. Sumiço. Reaparece.
- Quer?
- Quero, você fuma?
- Às vezes, e você?
- Não.
Ficou na minha cabeça que algo tinha ali, porque se não fumava, por que estava fumando? Na verdade, se fosse um Marlboro Light ainda, ou um Lucky que tinha sido o segundo... mas era um Marlboro Red. Forte. Não era uma falsa-tragada, o gosto ficaria. Gosto errado, diga-se de passagem.

quinta-feira, 24 de março de 2011

uma salada simples, rápida e gostosa #2


Esses dias que são mais quentes não me dão vontade ALGUMA de comer coisas pesadas. Pra isso servem as saladas além de serem menos calóricas e poder colocar e inventar a mistura mais-estranha que mais faz sua cara! De novo com abacate, alface e tomate. Mas ficou super diferente, acreditem!

Ingredientes:
- 1/3 de 1/2 de um abacate bem maduro
- 1 tomate bem maduro
- 6 pimentas-biquinho
- 1 fatia gordinha de queijo branco
- 3 folhas de alface
- 1 colher de chá de mostarda em grãos
- azeite de oliva para regar
- sal a gosto

Modo de fazer:
Vá cortando tudo em cubinhos e colocando na cumbuca: tomate, abacate, pimentas, queijo. Rasgue as folhas de alface com as mãos. Coloque a mostarda, o azeite e o sal. Misture bem, mas delicadamente pro abacate não derreter. Coma com hashis e água com gás vai muito bem para acompanhar! :)

"Largo tudo
Se a gente se casar domingo
Na praia, no sol, no mar
Ou num navio a navegar
Num avião a decolar
Indo sem data pra voltar"
Marcelo Jeneci - Pra Sonhar

segunda-feira, 21 de março de 2011

da série paixões: #2 ruivos

Sempre quis ter nascido com o cabelo laranja e sardinhas, acho a coisa mais linda desse mundo! Já usei o cabelo vermelho, mas não ficou a mesma coisa, né? Parabéns à genética que beneficia alguns lindos que vem com esse quê de charme, e à tinta aos outros que se dão muito bem:

Minha linda, Carol Pajuaba :)









É claro que não podia faltar o fofo do Rupert Grint, né?

Obs: nenhuma dessas fotos é minha, mas ao clicar na foto, você vai parar na página de onde eu as tirei!

quinta-feira, 17 de março de 2011

uma salada simples, rápida e gostosa


As coisas na vida deveriam ser mais simples. Óbvio e ao mesmo tempo, difícil. Por vezes dificultamos o caminho para chegar a um lugar, pelo simples fato de que gostamos de complicar nossas vidas. Mas podemos juntar esforços para tentarmos os caminhos mais curtos, mais fáceis e prazeirosos!
Hoje, quando abri a geladeira, vi um abacate cortado ao meio que me olhou de volta com a certeza de que deveria ser utilizado. Daí saiu uma mistura deliciosa e uma janta rápida e fácil!

Ingredientes:
- 1/3 de 1/2 abacate beeeem maduro
- 1 tomate bem maduro
- uma colher de sopa de cenoura ralada
- 3 folhas de alface americana
- 2 folhas grandinhas de rúcula
- 2 ou 3 fatias de berinjela assada
- 1 punhado de queijo parmesão ralado
- 1 colher de sopa de azeite de oliva
- 1 colher de chá de mostarda em grãos
- sal a gosto

Modo de fazer:
Junte o azeite de oliva, a mostarda e o sal em um potinho. Misture bem e reserve. Corte o abacate* e o tomate em cubinhos. Rasgue com as mãos as folhas de alface e rúcula. Vá colocando tudo numa cumbuca. Jogue a mistura de azeite e mostarda e misture bem, mas sem amassar o abacate. Finalize com o queijo e dê mais uma misturada. Voilà!

*Meu método de cortar abacate é: faça linhas horizontais e depois verticais com a faca nele, indo até a casca (mas sem perfurá-la). Depois, passa a faca rente a casca e os cubinhos cairão no prato, lindinhos e geométricos!

sexta-feira, 11 de março de 2011

wishlist da (f)utilidade

Bem, depois daquele post futilidade x intelectualidade, nada mais justo (?) que eu fazer minha wishlist de (f)utilidades cosméticas/cheirosas.

1- Pó/base da Sisheido
Preço: No Brasil, R$173,00
Na gringa, R$75,00

2- Rímel Maybelline The Colossal Volum' Express Máscara
Preço: No Brasil, R$27,90
Na gringa, R$10,50
(ganhei da linda da @carolpajuaba)

3- Delineador MAC Liquidlast Eyeliner cor Aqualine
Preço: No Brasil, R$80,00
Na gringa, R$29,00

04- Batom 909D da Wet'n'Wild
Preço: No Brasil, R$??
Na gringa, R$2,99 ♥

5- Curvex Shu Uemura
Preço: No Brasil, aprox R$70,00
Na gringa, R$75,00

6- Perfume L'Occitane Cherry Blossom
Preço: No Brasil, R$180,00
Na gringa, R$99,00

7- Hidratante L'Occitane Cherry Blossom
Preço: No Brasil, R$99,00
Na gringa, R$60,00

8- Conjunto de corretivos Realness of Concealness da Benefit
Preço: No Brasil, R$???
Na gringa, R$65

9- Batom rosa-bebê cor 100 da Barry M
Preço: No Brasil, R$???
Na gringa, R$12

10- Batom Morange da MAC
Preço: No Brasil, R$71
Na gringa, R$25


11- Batom Oh, Oh, Oh da MAC
Preço: No Brasil, R$??
Na gringa, R$25


12- Batom Full Speed Sheen Supreme da MAC
Preço: No Brasil, R$??
Na gringa, R$25

domingo, 6 de março de 2011

citações pertinentes de um livro do acaso


Achei na livraria um exemplar lindo, encadernado, com a capa recoberta de tecido e impresso um padrão lindo, com aquelas fitinhas para marcar a página, verde-musgo, um luxo. O livro em questão é "O Falecido Mattia Pascal" de Luigi Pirandello, numa edição maravilhosa da coleção Clássicos da Abril Coleções, garimpado por apenas R$14,90. Me interessei mais pela maravilhosa composição gráfica do livro do que o possível conteúdo, ainda que a sinopse fosse claramente interessante. Eis que me surpreendo com várias coisas interessantes. Ei-las:

"Dependia apenas de mim: podia e devia ser o artífice do meu novo destino, já que a Sorte assim o quisera.
"Acima de tudo", dizia para mim mesmo, "cuidarei desta minha liberdade: passearei com ela por caminhos planos e sempre novos e jamais a vestirei com roupas pesadas. Fecharei os olhos e irei adiante quando o espetáculo da vida, em algum momento, apresentar-se desagradável. Procurarei de preferência as coisas que habitualmente chamamos de inanimadas e irei à procura de belas paisagens, de lugares amenos e tranquilos. Pouco a pouco, darei a mim mesmo uma nova educação, modificar-me-ei com o estudo paciente e dedicado para que possa dizer ao final que não apenas vivi duas vidas, mas que fui dois homens."" pág 102

"Dentro de nós, cada objeto costuma se transformar de acordo com as imagens que suscita e agrupa, por assim dizer, ao redor de si. Claro que podemos gostar de um objeto por ele mesmo, pelas muitas sensações agradáveis que nos proporciona, numa percepção harmoniosa, mas é bem mais frequente que o prazer que um objeto nos causa não se encontre no objeto em si. A fantasia o embeleza, envolvendo-o e iluminando-o de imagens caras. Nós não o percebemos mais como ele é, mas quase animado pelas imagens que cria em nós ou que os nossos hábitos lhe associam. No objeto, por fim, amamos o que colocamos de nós mesmos, o pacto, a harmonia que estabelecemos entre nós e ele, a alma que ele adquire somente para nós e que é constituída das nossas recordações." pág 120

"O mal da ciência, veja bem, senhor Meis, está em se ocupar apenas da vida.
- Sim - suspirei sorrindo -, já que temos de viver...
- Mas temos também de morrer! - rebatou Paleari." pág 143

"As almas têm um jeito especial de se compreender, de entrar em sintonia, de se tornar íntimas, ao passo que nossas personalidades encontram empecilhos na simples troca de palavras comuns, na escravidão das normas sociais. As almas têm suas necessidades e aspirações, que o corpo não entende quando é impossível satisfazê-las ou transformá-las em ação. Toda vez que duas pessoas se comunicam apenas com a almas, acabam por ficar sozinhas onde quer que estejam, sentem uma perturbação angustiada, quase uma repugnância violenta ao menor contato material, um sofrimento que as afasta e que acaba tão logo outra pessoa intervenha. Então, superada a angústia, as duas almas reconfortadas procuram-se e tornam a sorrir de longe." pág 161

"E o senhor Anselmo prosseguia, demonstrando que para nossa infelicidade nós não somos como a árvore que vive e não sente a si mesma, para quem a terra, o Sol, o ar, a chuva, o vento não parecem ser algo diferente dela: algo amigável ou nocivo. Nós homens, ao contrário, temos o cruel privilégio de nos sentirmos viver, o que resulta em grande ilusão: entendemos como uma realidade fora de nós esse nosso sentimento interior da vida, mutável e variável conforme os tempos, os acasos e o destino." pág 187