sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mulher moderna o caralho


Tenho uma semana por mês que surto: um dia choro, no outro me descabelo, no segundo bebo a caixa d'água, no terceiro como a geladeira inteira, no quinto eu incho e pareço um baiacu, no sexto eu fico tão cansada que pareço um zumbi e no sétimo acontece o milagre vermelho! Aí eu fico mais quase uma semana me sentindo podre, ruim, cansada, principalmente nesse calor infernal. Sem contar que nessa uma semana de TPM eu ainda consigo me bater em diferentes locais, me machucar em qualquer oportunidade que o azar joga! Resultante disso no momento são os arranhões na mão direita e o roxo na mão esquerda, que não sei daonde vieram.

Nesses dias (e nos outros também) eu fico com uma puta raiva desse mundinho machista. A gente precisa sofrer com a depilação uma vez por mês e arrancar pelinhos com cera (que é a sensação mais agradável do mundo). Precisamos estar sempre lindas, cheirosas, felizes, sorridentes, alegres. Que merda hein?! Não podemos ter chulé nem ce-cê (famosa asa aqui no Sul). As unhas tem de estar feitinhas; precisamos usar brincos, brilho, rímel, blush, o diabo-a-quatro.

Quem disse que precisamos? É, eu sei que ninguém me disse isso, mas se você é mulher, experimenta não se depilar dois meses seguidos, não fazer as unhas, não arrumar o cabelo nem passar perfuminho. E se você é homem, imaginou alguém assim? Pois é...

Além dessa futilidade toda ainda precisamos ser mães, estudantes, namoradas, amigas, e safadas na cama. Ah, pára né?! Desse jeito todas as mulheres terão distúrbios mentais com tantas personalidades... Precisamos estudar e sermos mulheres capazes de nos susternar, já que hoje em dia homem não sustenta mais a mulher (generalizando, claro).

Puta azar eu fui ter em nascer nos anos 90. Deveria ter nascido no mínimo nos anos 60 para curtir um Beatles, um iê-iê-iê nos bailes que acabavam às 8h da noite e no máximo me preocupar com os vestidos acinturados!

Mas tudo bem, já me acostumei com o martírio. Mas às vezes dá uma vontade enorme de ter nascido homem pra não me preocupar com todas essas coisas. Ou no mínimo, nunca ter precisado virar mulher, já que meninas são mais tranquilas (não hoje em dia, mas isso é outro papo).

sábado, 22 de novembro de 2008

Dos Sentimentos I

Guardo meus sentimentos em potes. Eles são uma mistura azul brilhante para os bons e outra incolor para os maus. Vira e mexe um deles transborda, alguém bate, vaza e aí já viu: pareço uma explosão constante de ódio ou felicidade. Quando indagada sobre a cor dos meus sentimentos, não duvidei e disse:
- Porque azul é mais bonito. Verde pareceria meleca de nariz; amarelo, xixi; vermelho, sangue e por aí vai...
- Mas e se eu quiser verde? - a típica réplica.
- Então que seja o seu! - a típica tréplica.
Fui ter com o meu líquido azul essa semana. Junto com a cerveja joguei amigos e rios lá dentro, resultando num excesso de sentimentos que vazou por tudo quanto era lado. Em verdade, atacou-me o estômago de comichões pela falta dos braços e abraços. Eu, nesse ímpeto todo, acorrentada, sem poder fazer alguma coisa. Seríssimo.
De quando em quando voltava à cerveja para me distrair, mas estava mais calma que o normal. Os potes então tampados não suportaram e romperam-se. Só não houve chorumelas pelo acaso de a mistura dos líquidos ter sido homogênea. E também que eu estava sonolenta.

(17/11/08)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

CD

Quando acho que perdi os rumos, acho também os meus caminhos. Contratempos à parte, espero que enfim possamos assim, juntarmos as mãos e caminharmos tranquilos na orla da avenida. Deu três horas e estava ainda a confabular contigo em minha mente. Que há?!
No mundo não há ciclo que não se repita e verdade que não se desminta. As ciências que me perdoem, mas um dia tudo vai "por água abaixo". De verdades e mentiras nutri-me durante a vida toda, e quem é que não? Agora espero e te espero para que possamos começar o fim de nossas vidas.
Em verdade, nada sou sem alguns dos que sabem de mim. Fui ter comigo mesma e percebi que há ainda tempo e pendências a resolvermos. Pois bem, ainda quero ter o que não tive. Por quê? Foi exatamente o que perguntei e disse-me que tens medo. Medo também tenho.
Ficamos às ânsias de nos querermos...

sábado, 1 de novembro de 2008

Morrendo

Vivo às ânsias de te encontrar. Esses dias estava recuando da minha fraqueza:
- Oi!
- Oi!
...
- Não vai me dar um beijo?
- Vou! (enquanto pensava que na verdade não iria)
Outroras penso em ti por causa do retrato falado que tenho aqui no meu quarto. Esses dias pensei se não seria ótimo te convidar para um café. Aí realizei que não tenho teus números, que és uma incógnita que as vezes dá a graça da presença. Tenho pavor de apaixonados, mas algumas coisas não entendo. Até outro encontro casual!

[edit] "Eu você e todos os encontros casuais
os ais e os hão de ser
e todos os casais também
olha, acho até que quem achou que nunca ia
esse ia se espantar de ver que o ódio e o amor
e até eu vou pra ver no que vai dara mass
a a moça
e até esse pra sempre

tudo passa" [/edit]