domingo, 26 de outubro de 2008
Olhando
"Ela dá gargalhadas enquanto navega pelo firmamento na metade de seu próprio coração partido. Suas penas se erguem porque está sempre aprendendo o amor. Ela desce para se aproximar do alento de qualquer criatura que cante. Ela procura proteger a alma de tudo. Pássaros canoros contam-lhe as notícias ocultas. E assim ela tem a 'visão mágica' que enxerga para adiante e para trás do presente. Como sua equivalente humana, é muito provável que ela more perto de um rio querido... ou então, talvez, ela própria seja simplesmente um rio..."
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Achados I (13/3/2007)
DRIIIIMMM! Bateu o sinal da escola e ela já estava fora da sala, tentando achar o menino gatinho da sala ao lado. Passou na frente da sala e percebeu que não tinha ninguém, logo ele já deveria estar lá embaixo. Quando percebeu que sua amiga ainda não estava lá chamou:
- Vamos!
Toda atrapalhada com seu lanche, ela respondeu quase caindo em cima da cadeira:
- Calma. E o menino não vai fugir.
- Você o viu?
- Como, se eu estava na sala até agora?
- Ali, olha!
- Onde?
- Ali!
- Ah, to vendo. É uma gracinha mesmo.
- Olha quem está do lado.
- Imagina se elas não estão correndo atrás dele. Mudando de assunto agora... Foi bem na prova?
- Não sei, acho que sim. E você?
- Acho que fui bem também.
DRIIIIMMM! Bateu o sinal pra elas entrarem pra sala.
- Vamos?
- Ah, espera mais um pouquinho.
- Ta, quem sabe a gente dê sorte não é?
- Sei qual tipo de sorte você está falando.
Subiram a escada devagar, passaram pelo banheiro e quando chegaram à sala, ele estava lá.
P.S.: Não sei até que ponto foi realidade.
sábado, 18 de outubro de 2008
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Mude
I) Dos tomates
Sempre, desde que me lembro por gente, odiei tomate. Não comia. Batia o pé, fazia cara feia e não havia cristão ou ateu que me fizesse mudar de idéia. Cética do jeito que sempre fui, não havia motivos que realmente me fizessem querer comer aquela coisa vermelha.
Qual! Também sou teimosa. Olhei os tomates segunda, indo para o molho do macarrão e fiquei às vontades de comê-lo. No outro dia, no almoço, comi tomates crus. É, ainda terei de me acostumar com o gosto adocicado e o cheiro que me enoja um tantinho. Mas agora eu como tomates!
II) Das unhas
Não sei o que se passa na minha cabeça às vezes. Fui a ter vontade de pintar as unhas de azul. Estava quase tendo brotoeja de tanto que pensava nisso - esmalte azul, unha azul, azul azulazul. Comprei o esmalte e agora quero pintar de amarelo. Terei de comprar um amarelo também. Tava cansada da mesmice vermelha que alternava no máximo para um roxo. Taí: azul!
III) Dos cabelos
Houve que fui cortar as madeixas e estas não foram cortadas - praticamente. Voltarei lá e pretendo pintar de um tom meio avermelhado. Isto é, se minha irmã querida tiver marcado horário pra mim. Tô tentando evitar um auto-hair-cut.
Mas o calor não muda e eu continuo a odiá-lo. Qualquer dia faço até poesia com esse descaso!
sábado, 4 de outubro de 2008
Sempre quis escrever isso
Faz tanto tempo que aconteceu o que aconteceu que parece que foi ontem. Nós virou eu e você que virou nós novamente e assim aconteceu/acontece durante esse tempo todo. Não sei o que há entre a gente, e nem quero saber, pois é bom ficar desse jeito.
Pena que você se tornou essa pessoa nojenta e decadente. Eu gostava de ver que você não se deixava influenciar muito pelo meio e era motivo de orgulho te ter ao meu lado. Como as coisas mudam, não é mesmo? "Olha só você aí, tão lindo, rindo assim. Eu sei". Mas você não ri pelos mesmos motivos, te preocupam mais as futilidades do que as coisas boas de verdade da vida. Não consigo entender. Cadê o menino do qual eu me orgulhava?
Você foi, sem dúvida, a maior decepção de toda a minha vida. E digo isso com muito pesar, pois apostei quase todas as minhas fichas em ti. Fiquei pobre, pois perdi a aposta. E ainda estou a me recuperar. Ainda deixo, mesmo desapontada, uma ficha por ti em cada partida. Tenho perdido quase todas. Não sei se vou desistir de você tão cedo.
Agora, não posso negar que não me importo contigo. Quem eu estaria enganando mais se não eu mesma? Você sabe que por mais cretinas sejam as suas atitudes atualmente, eu gosto do você que conheci, que está dentro de ti e que se mostra quando estamos sozinhos. Eu sei, eu tenho certeza de que se você quisesse, derrubaria todo esse muro que construiu com o passar do tempo. Quem sabe eu não consiga derrubá-lo, não é mesmo?
É inegável que amo você, porque sei que quem amo ainda mora nesse seus corpo e mente. Não fuja de si mesmo. Nós dois sabemos que você é lindo e maravilhoso, não precisa se esconder disso! Ah, se você pudesse me ouvir...
C.M.