- Do que tu sabe? Bah, fala comigo. OK, não chateio mais
- Falo. Do que eu sei? Sei lá.
- É. Do que sabes. De nada, nadinha, nadica de nada.
- Um cadinho de alguns eu sei. Sei fazer tricô, sei costurar, sei cozinhar, sei mexer no photoshop, sei escolher meus amigos, sei que tenho alergia a pó e rinite alérgica, sei que te adoro.
- É pouco. Sabes de quem te adora? de verdade assim? cadinho a mais a cada dia?
- Não, conte-me.
- Pois não conto
- Pois como não? Quero saber! Fez-me a pergunta e disse-lhe que não, cabe a você respondê-la de forma que eu passe a saber a resposta
- Tic tac tic tac. Pois digo-lhe: quem te adora, tanto o faz, que não pode expressar por palavras, soaria piegas, clichê e menos nobre. Nobre nunca foi, piegas é às vezes e os clichês estão aí para serem usados, pois então: adoro a cristal mais do que se adora os sinônimos de seu nome.
- Pois com palavras soa mais bonito, claro. Mas no nosso caso, em que palavras são o usual e a voz se perdeu, a voz soaria mais bonita. Mesmo que com o início do inverno possamos estar levemente adoecidos.
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