domingo, 21 de outubro de 2012

sobre são paulo


São Paulo precisa ser amada. Seja pelas padarias, pelos incontáveis shows, pelo metrô, pelas feirinhas de antiguidade, pelo pastel, pelo sanduíche de mortadela, pelos prédios cinza, pelas passarelas gigantescas, pela arte de rua, pelos museus, pela Alameda Lorena, pelos bares, pela Augusta. (e eu preciso ser odiada por não ter tirado fotos dessas coisas)

A primeira vez que fui pra São Paulo, em 2009, me apaixonei perdidamente e estipulei como meta ir morar lá depois de me formar. Ter ido pra lá neste misto de tô terminando o projeto de conclusão de curso versus ainda tenho 3 anos de outra graduação aqui pra fazer me deixou em polvorosa, querendo largar tudo, dizer "foda-se" e ir passear na paulista. Mas, enquanto eu não ponho os pingos nos is da minha vida acadêmica, vou planejando outra visita a essa cidade que conquistou meu coração.

Quem diz que a Oscar Freire é uma rua bonita é porque não conhece a Alameda Lorena. Cheia de árvores, prédios simpáticos, cafés bonitos e, claro, a Livraria da Vila, minha futura casa (rs). Estantes de livro que rotacionam e formam a abertura, um buraco no meio da loja que comunica com a sessão infantil, escadas escondidas e estantes com livros que não acabam mais resumem meu deslumbramento. O Conjunto Nacional é outro amor, porque é lá que está a Livraria Cultura (que eu não consegui entrar porque estava fechada nos dois dias que passei lá). Ainda ali, temos a Rua Augusta, famoso recanto hipster/indie com bares ruins de esquina para beber cerveja no copo americano, cinema alternativo, brechós e lojinhas de roupa. Quase na Paulista (2 quadras pra baixo) tem uma temakeria chamada Koni: toda laranja, preços ótimos, kombos irresistíveis e toda uma simpatia (a pia é lin-da!).

O Centro de São Paulo é um amor sujinho, mas é amor verdadeiro. Seguindo o roteiro do Mac, com o Mac, fizemos o clássico "passar na Velvet CDs (Rua 24 de maio) > descer a rua Capitão Salomão, das lojas de DVDs > comer um sanduíche na Casa da Mortadela (esquina da São João com a Ipiranga)". Quando eu achei que já estava cansada de caminhar, fomos parar no bar/boteco/restaurante Estadão. Digo pra vocês: esse tipo de estabelecimento é bem e tão brasileiro que me dá raiva de não ter aqui em Floripa. Museu da Língua Portuguesa e Pinacoteca sem exposição temporária, só no acervo, me fizeram crer que fui na entre-safra de exposições e coisa e tal (por isso volto fim de novembro). E cinco reais (!!!) depois, show incrível do Wado na Funarte pelo Cidade Sonora (ai, SP, eu te amo!). Depois de várias músicas dos outros CDs além do Samba 808, cheguei em casa querendo ouvir todos e me perguntando porque diabos não tinha feito isso ainda. Depois do show ainda rolou um dos melhores hambúrgueres que já comi na vida (quiçá o melhor) na Hamburgueria do Sujinho (que é muito limpinha, por sinal). Ainda vale lembrar que conheci o Charles Henrique, o cachorro dos irmãos Dias e: que salsicha mais lindo! Dezesseis horas caminhando depois, cheguei em casa com os pés em frangalhos dentro do mocassim dourado.


Domingo era dia de ir na Bienal e no MASP, mas fiquei no sofá vendo friends até ter vontade de sair dali (se arrependimento matasse...). Como sempre, não entrei no MASP porque não ia dar tempo de ver nada (fecha 17h, fuen). Mas a feirinha de antiguidades tava bem bonitinha. Reconheço que a feirinha na praça Benedito Calixto que fui sábado (mesmo que por minutos) me pareceu muito mais simpática e interessante. Depois de uma viagem, andar de metrô até outra cidade e toda uma emoção de quando o carro sai debaixo do chão e você consegue ver a cidade pela janela, cheguei em Tamanduateí. Show da Tulipa Ruiz no SESC Santo André. Só tenho a dizer que foi muito amor. Com intervenções fofas de fãs pelo aniversário dela (que foi dia 19), rolou uma empatia muito grande da Tulipa lá no palco, fazendo gracinhas, toda soltinha. Pra quem recebeu críticas em 2010 no lançamento do primeiro CD porque não tinha postura no palco, ela cresceu e tá ótima. Como ela mesma disse "do CD que eu fiz quando eu era moça". Não duvido. A atuação em Víbora foi algo assim, sem palavras.


 Segunda teve passeio na Liberdade com direito a gritinhos causados pelas fofuras com carinhas de bichinhos em uma das lojas (coisa de japonês), carregamento de algodão doce em pote, suco bombom de uva verde (tem uva inteira no suco), chás chineses (?), biscoito de koala e um lixeiro altamente viado pra minha cozinha. São Paulo amanheceu fresca, com sol, seca. Só pra me fazer sentir mais saudades. Me espera, querida. Logo mais eu volto. E logo um pouco mais eu volto pra ficar.

Nenhum comentário: