sábado, 8 de junho de 2013

do mercado: entre berinjelas e abobrinhas

Entrei no mercado apenas pra comprar areia pra Nina e pão. Mas, sabe-se-lá-porquê parei na seção de frutas, verduras e vegetais em geral. Enquanto escolhia apressadamente minhas abobrinhas e berinjelas e pensava que era mesmo uma senhora por estar comprando vegetais de novo, percebi que estava ouvindo música num volume ensurdecedor. Típico dos dias que saio de casa sem sair da minha bolha. Mas no mercado eu desligo a música. Sei lá porquê, mesmo.

 
Notei que a música não era um sertanejo-eletrônico-meio-pagode-meio-funk num volume alto demais (o que geralmente acontece, em se tratar de mercado rosa), mas não prestei muita atenção. Como eu tava de óculos e sem meu filtro pessoal de não ver nem perceber as pessoas, acabei notando um moço que escolhia umas frutas enquanto eu embalava minhas cebolas. Ele parecia agitado, balançando. Depois de um tempo, percebi que era a segunda música de rock. Na sequência. E o moço continuava se mexendo enquanto colocava frutinhas no saquinho. Aí notei que ele tava tão empolgado (e não era com as frutinhas, óbvio) que tava até cantando (sem voz, gesticulando só – porque o moço tem um pouco de simancol).

Depois encontrei ele em outros corredores, na padaria e ele continuava cantando enquanto eu batucava de leve os pés no chão. A música era algo tipo iron maiden, sabbath ou metallica, não sei direito porque não ouço de verdade nem nunca ouvi de verdade essas bandas. Fiquei com a impressão de que alguns dos funcionários muito espertinho colocou o CD que gosta de ouvir pra tocar pro mercado inteiro, porque enquanto esperava a fila do caixa rápido-que-nunca-tem-caixas-pra-ser-rápido, a música parou de repente e um daqueles sertanejo-eletrônico-meio-pagode-meio-funk num volume alto demais começou a tocar.

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