Joaquim Maria em Iaiá Garcia, numa edição amarelada de 1955
sábado, 19 de dezembro de 2009
calundus
"No fim recebeu um bilhetinho de Procópio Dias. 'Não imagina, dizia êste, que dia tenho passado, depois da nossa conversa de ontem. Teimo em dizer que fui excessivo, e ainda uma vez lhe peço me releve a falta. Poderia o senhor castigar um doido? O amor não tem imputação. Queime êste bilhete; em todo caso não revele a ninguém, sobretudo à pessoa de que se trata.' Jorge sorriu e releu o bilhete; depois fechou-o na secretária e escreveu esta simples resposta: 'Ainda uma vez, não há que perdoar. O senhor foi apenas desconfiado, como todos os ciumentos; mas, como não inventou o ciúme, não lhe faço carga disso.' Entregue a resposta, Jorge olhou para o Sr. Antunes, que fumava discretamente um charuto do bacharel."
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Um comentário:
Cristal, você tem blog!
Não que eu não soubesse, só não tinha entrado e reparado de verdade...
Gostei de dar uma bisbilhotada aqui. Eu sempre quis ser capaz de manter um blog assim, que mantenha a forma apesar de não proibir qualquer tipo de coisa que se queira postar, mas aí eu me perco e, surpresa, deleto. (Y)
Com sua licença, linkarei o "y da Cristal" no meu blog, pode? E não, isso NÃO é um daqueles "linka o meu também", não mesmo.
Acompanharei também, há.
Beijo!
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