segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Papos de ônibus #3 das drogas

Olha, eu não gosto de drogas. Nem maconha, nem LSD, nem nada. Acho uma babaquice você precisar desse tipo de coisa pra o que quer que seja. Mas ok, a gente precisa respeitar as pessoas.

Hoje sentei atrás de uma menina que conversava com um casal-amigo-dela do outro lado. Eles falaram de festas, carnaval, viagens, mil coisas. Aí começaram a falar de bebidas, ficar bêbado, vomitar, dar PT... Ok. Óbvio que eu estava ouvindo. Eu e mais um monte de gente, porque eles estavam falando super alto. Era aquela necessidade de parecer bacana por ser babaca.

Aí a menina do casal pergunta pra amiga: "você NUN-CA tomou doce?" e solta um risinho. Começam explicações, maldizeres, desculpas, histórias. Eis que o namorado entra em cena pra falar que é traficante. Ok, não achei palavra melhor. Mas ele falou que vende sempre, que cobra R$25 e R$30 pra poder ficar com 2 de uma cartela de 6 pra si. Ou seja: traficante. Deu uma vontade de tirar foto, gravar, denunciar... só que eu não tinha nenhum celular ~moderno~ a meu alcance.

O que faz a pessoa anunciar pra todo mundo isso? É ilegal, sabe? É crime. Já se transpassaram as barreiras do medo dessa sociedade. E justamente essa "tribo" que se julga liberal e moderninha é a que usa as drogas pra buscar justamente o mesmo efeito do que afirmam ser. Será que não há uma incoerência aqui?

Saí do ônibus levemente chocada. E infeliz.
A descrença nas pessoas me entristece.

Um comentário:

Marcos Salvador disse...

E EU QUE JA VI UM CARA ABRIR UMA TROXINHA DE MACONHA QUE TINHA ACABADO DE COMPRAR DO.MEU.LADO.NO.ONIBUS NO MESMO FUCKING BANCO. AS 11 DA NOITE.