quarta-feira, 7 de setembro de 2011

porra, que saudades


tô com saudades. muitas. não sei desde quando. mas acho que peguei o potinho das saudades na prateleira dos sentimentos e borrifei em todos os cômodos. tenho saudades muitas.

não sei exatamente de quê, mas de dormir na sala enquanto não tinhas quarto, com certeza. mas te gosto tanto tanto que não sei onde escondi esse gostar esse tempo todo. é como se tivesse colocado numa caixa, eviado pra Líbia e ela tivesse retornado só agora, com um certo atraso porque meu endereço mudou.

tenho saudades do tempo que a gente se telefonava. de mandar mensagem de madrugada. de criar uma irritação inexistente pra ver se isso bastava pra te afastar secretamente de mim. tenho saudades de gostar de ti, mesmo fingindo que não. tenho saudades.

e basta sentir o teu perfume, usado por outrem; basta abrir o livro que tem a dedicatória que você me fez; basta falar de ti; gosto muito e é muito fácil gostar de ti.

mas, o que que eu tô fazendo? isso lá é hora pra eu ter saudades? de ti? pode isso? pode olhar preço de passagem pra ir atrás de ti? pode te ligar bêbada? pode ficar horas no telefone? pode sentir tua falta? pode ligar pra ti depois de conhecer alguém que fala igual à você? não poderia, mas tá tudo errado desde sempre.

vem tirar esse potinho de sentimento derramado aqui, por favor. vamos fazer uma faxina, limpar tudo, esterelizar com álcool e jogar tudo fora. ou não? e se não quiser jogar fora, o que faço agora?

"Busquei em vão
Identificar
Motivos para não
Querer te guardar"

em ordem cronológica (ou não):
- passos
- nem sei
- constatação contraditória
- c'est une confusion!
- Est[r]ela
- e
- constatação contraditória (sim, outra)
- sem título

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