Meu olho fica em pulso com qualquer menção de anormalidade corriqueira. Não obstante, a barriga gela e a pele tende a arrepiar-se. Essa cidade me enlouquece! Sopros fortes de vento gelado, e não por não gostar o vento gelado, mas sim pelo frio sem casaco me arrepiaram até os pêlos da nuca. Num outro instante, 169 páginas lidas, a atmosfera já era nauseantemente quente e abafada. Não deixava de ser agradável, e o sol brilhava forte.
Queria encontrar novamente aqueles olhos tendenciosos e enigmáticos que me deixaram todas as vezes sem conseguir decifrá-los. Uma prova qualquer de coragem ou covardia, depende do interlocutor. Mas a questão é que de tempos em tempos eu sentia a vil necessidade de me suprir de voltas estomacais, ou simples sacolejos das asas das borboletas. Não fosse bastante, existe algo levemente pragmático que não condiz com minha racionalidade.
Entre meios e permeios, dois lados se chocam como se não tivessem mais o que fazer! Não seria de minha importância caso não fosse eu a juíza, espectadora, "entremeia" total da luta. Um dos lados vinha com artilharia pesada, e acabara por me acertar. Devia desclassificá-lo, então? Meu bom senso quis que sim, e não também. Mas já não sabia o que pensar.
Pensar era o que eu menos queria, afinal. Discórdia e manifestação vívida de uma não-apuração dos fatos recentes. Pois eu não acreditava no que via nem no que lia. E mais: receio que esperar não alcance os objetivos que pretendo alcançar. Mas não tendo outra escolha no momento, tendo a me calar.
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